Seja bem-vindo
Recife,29/04/2024

  • A +
  • A -
Publicidade

Presidentes latinos discutem sanções ao Equador por invasão de embaixada mexicana

jc.ne10.uol.com.br
Presidentes latinos discutem sanções ao Equador por invasão de embaixada mexicana
Publicidade

Os presidentes latinos discutiam, nesta terça-feira (16), possíveis sanções ao Equador pela invasão da embaixada do México, em uma reunião de cúpula virtual convocada por Honduras, na qual a Venezuela anunciou o fechamento de suas sedes diplomáticas em Quito.

Liderada pela presidente hondurenha, Xiomara Castro, a reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) suspendeu sua transmissão pública para debater em privado a proposta de declaração aprovada pelos chanceleres na semana passada, que condena a invasão e impõe sanções ao Equador.

"Condenamos energicamente" a incursão, disse Xiomara, chamando de "barbárie" a invasão policial à embaixada do México para prender o ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas, que ocorreu no último dia 5.

O governante do México, Andrés Manuel López Obrador, defendeu que o ocorrido não se repita e propôs que seu país seja acompanhado "assinando a denúncia no Tribunal de Justiça Internacional".

O presidente do Equador, Daniel Noboa, foi representado pela chanceler do país, Gabriela Sommerfeld.

Diante de eventuais divisões em torno da aprovação de sanções e de uma condenação unânime, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, manifestou-se a favor de que não seja necessário um consenso para se tomar decisões no bloco.

O colombiano ressaltou que a invasão à embaixada gerou "um mal-estar, inclusive global", no qual os governos devem prestar atenção. “A barbárie pode penetrar no nosso pedaço de continente”, alertou.

Venezuela fecha sedes diplomáticas

A operação em Quito para prender Glas levou López Obrador a romper imediatamente os laços diplomáticos com o Equador, o que a Nicarágua fez um dia depois.

Durante a reunião, o presidente Nicolás Maduro ordenou o fechamento da embaixada venezuelana no Equador e dos consulados em Quito e Guayaquil. Maduro expressou “solidariedade absoluta” a López Obrador: “O México não está sozinho, tem a voz da nossa América o acompanhando em circunstâncias que vocês não procuraram."

“Não há dúvida” de que a decisão do presidente Noboa “de invadir o território do México, sua embaixada, de agredir seu pessoal diplomático diante do olhar do mundo, ao vivo pelas redes sociais, de capturar, amarrar e torturar o ex-vice-presidente Jorge Glas foi um ato de barbárie", acrescentou Maduro.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, expressou que “a invasão violenta” à embaixada do México “é um ato hostil inaceitável, que merece a mais categórica rejeição”.

Preocupação com saúde de Glas

Alguns dos presidentes pediram a restituição da condição de asilado a Glas e que o Equador lhe conceda um salvo-conduto para que possa deixar o país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs a criação de uma comissão para analisar o estado de saúde de Glas, um tema presente no projeto de declaração que discutiam em particular.

O governante do Equador declarou-se na semana passada disposto a “resolver qualquer divergência” com o México, mas ressaltou que "a justiça não se negocia".

Glas se refugiou na embaixada do México em dezembro, antes de a Justiça ditar uma ordem de prisão contra ele por acusações de corrupção durante sua gestão como braço direito do ex-presidente Rafael Correa (2007-17).

Publicidade



COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.