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Recife,12/05/2024

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Vespa ajuda no combate ao percevejo-marrom nas lavouras de soja

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Vespa ajuda no combate ao percevejo-marrom nas lavouras de soja
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Praga é de difícil controle devido à resistência a inseticidas químicos O percevejo-marrom (Euschistus heros), é um desafio à produção de soja na América do Sul. Seu controle é difícil por causa de resistência a inseticidas químicos. No entanto, uma pequena vespa parasitoide (Telenomus podisi) pode ajudar os produtores no combate ao inseto.
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Um estudo conduzido por cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Estadual de Oklahoma (Estados Unidos) mostrou que é possível aprimorar a liberação da vespa para assegurar o controle biológico do percevejo, que também afeta áreas de cultivo de algodão e girassol, além de pastagens. A investigação científica tem recebido diversos apoios da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
As fêmeas da microvespa localizam ovos do percevejo-marrom nas plantas e neles depositam seus próprios ovos, interrompendo o desenvolvimento da praga no início do ciclo de desenvolvimento.
“Os ovos da praga tornam-se de coloração escura e dão origem a novas vespas, em vez de novos percevejos. Na sequência, essas vespas vão parasitar mais ovos da praga”, detalha Regiane Cristina de Oliveira, professora do Departamento de Proteção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, campus de Botucatu.
Para oferecer aos produtores a forma correta de utilização do defensivo agrícola natural, vários estudos foram realizados para entender como deve ser liberado – qual a quantidade de vespas e a melhor distância entre os pontos de liberação, entre outros aspectos.
O grupo de pesquisadores verificou em condições de campo que a capacidade de dispersão de T. podisi, influenciada pelo estágio de crescimento da soja, variou entre 31 e 39 metros. A taxa máxima de parasitismo de ovos de percevejos foi de cerca de 60%. Com base nesses resultados, os autores recomendam que os pontos de liberação das vespas sejam espaçados no máximo 30 metros entre si para fornecer controle eficaz da praga, uma das mais agressivas da cultura da soja.
Saiba-mais taboola
O percevejo-marrom causa prejuízos nas vagens, podendo impor perda de até 30% do potencial produtivo. No outono, o inseto inicia a procura por abrigos sob a palhada, onde permanece até o verão.
Como a eficácia da vespa depende da capacidade de encontrar hospedeiros, o conhecimento da capacidade de dispersão possibilita o ajuste da logística e da técnica de liberação. “Isso otimiza o manejo de percevejos por programas de controle biológico aplicados em extensas áreas de monocultura”, diz Oliveira, que é engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal do Espírito Santo, mestre em entomologia agrícola pela Unesp e doutora em entomologia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), com pós-doutorado na Universidade Estadual do Mississippi (Estados Unidos).

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